segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Muito mal... na Marginal - Corrida do Tejo 2014


Pois é... Não há milagres... Nem Super-Homens... E desta vez tive que pagar pelo meu atrevimento.
Preparar a participação numa prova (mesmo que seja de 10Km) obriga a algum cuidado, atenção e dedicação. E nada disso foi acautelado na minha participação na Corrida do Tejo 2014, consequentemente... a corrida correu mal.

Esta é uma das provas que mais gosto, pelo percurso, pela organização, pela quantidade de participantes, é decididamente uma prova muito agradável de participar (já a tinha realizado nos anos 90), mas, mais uma vez, a preparação foi ignorada e o resultado ficou á vista... Para quem queria "atacar" o minuto 50' após o Verão (mesmo após um satisfatório resultado na Mini de Luanda), correr esta prova sem treinar a semana inteira, sem uma alimentação adequada e agravada ainda pelo calor matinal que se fazia sentir, esta foi uma boa lição para aprender para o futuro.

Confesso que estava bastante entusiasmado para a Corrida do Tejo 2014, o percurso é excelente e as indicações trazidas da última prova (6 Km a menos de 5min/Km), deixavam-me ansioso para esta manhã solarenga e bastante agradável, com a companhia de 9.800 pessoas que encheram a marginal de Algés até á Praia da Torre em Carcavelos.

Fiquei no "slot" dos SUB-55', por indicação aquando da inscrição e graças aos 52,06 da corrida da UNICEF em Julho. Uma vez mais, lá estava o "teaser" dos 55 minutos, para fixar, acompanhar e previsivelmente ultrapassar.

Quando se dá a partida, percebo que estou perto da dianteira, que a grande maioria dos participantes não identificaram o seu tempo de referência, acumulando-se numa gigantesca "slot" 20 metros atrás de mim, excelente organização, porque assim não necessitaria de andar em gincana a ultrapassar os mais lentos.

Numa passada regular percorremos a recta do Dafundo até à subida junto ao Estádio Nacional, sem qualquer dificuldade, apenas o calor começa a "apertar"... Quase logo de seguida vem a descida para Caxias, que se faz em bom ritmo, já que dali a 1 Km esperamos ter o desejado abastecimento.

Depois de abastecido, há que retomar o bom ritmo desenvolvido até aqui, alcanço o Km 4 com 21.47, o que é muito perto dos 5 min/Km, excelente ! Consigo colar-me a um companheiro dos "Galgos de Tancos", provavelmente militar, que impõe uma passada forte e regular, tal qual eu desejo e vou acompanhando-o conforme posso, já que o calor vai deixando mossa e o cansaço sobre as pernas obriga a um esforço mental reforçado.

Com a passagem do 6º Km tenho que baixar o ritmo, um novo abastecimento estará perto, mas as pernas já não aguentam... tenho mesmo que reduzir... aproveito para beber um pouco de Gel energético para tentar recuperar forças para o último terço da corrida.

Vem então o segundo abastecimento, e aqui... infelizmente sou obrigado a parar... o calor, a falta de treinos e o excessivo andamento inicial tinham deixado "mossa". Depois de refrescado, continuo... agora um pouco mais lento, encostado à berma procurando a sombra das árvores.... encontro alguns companheiros também em dificuldade que estão a reduzir o ritmo. Vou com eles...

Após o Km 7 vem a descida para Oeiras, dá para retemperar do esforço... mas é sol de pouca dura, porque logo a seguir vem aquela interminável subida para Carcavelos, horrível... o cansaço acumulado acaba comigo... e a subida é feita quase a passo... é ali que sou ultrapassado pelo teaser dos 55' ... que desilusão, até ali vinha com um bom tempo... há tempo para refrescar sob um "repuxo" e para olhar para as claques organizadas que puxam pelos participantes, mas é duro... está a ser muito difícil.

Finalmente o piso endireita... e surge um placard alertando que "9 Km já estão, só falta um último esforço"... bem, afinal está quase... vamos tentar recuperar, aumento a passada, mas ao reparar que a viragem para a meta não ocorre nos semáforos... vem outra vez o desânimo. Afinal o retorno é só na rotunda de Carcavelos, ainda faltam 500 metros... No entanto, vamos vislumbrando os companheiros mais adiantados já a passar em sentido contrário.

A rotunda parecia enorme, aquela circunferência nunca mais acabava.... e aquele esforço efectuado após a subida, deixou-me completamente "de rastos"... Vou passando juntinho ao imenso público que ali se acumula, para tentar encontrar ânimo para os últimos 200 metros, olho para o relógio e vejo que já entrei no minuto 55, penso que será um mau tempo, face ás expectativas.... não muito, mas 2 ou 3 minutos a mais do que o desejável....

Termino com 55:21... um tempo decididamente fraco, para aquilo que desejava fazer, mas considerando o erro da fraca (ou inexistente) preparação... é uma lição para as próximas corridas.



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